sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mil Dias em Veneza



Antes de tudo - tenho que admitir - eu me interessei em ler Mil Dias Em Veneza, da americana Marlena de Blasi, por causa do título. Ninguém me indicou a leitura, não vi nenhuma crítica ou matéria sobre ele. Descobri que ele existia ao comprar outro livro e receber um panfleto com as publicações e lançamentos da editora.

Eu achei a capa pouco original, pouco impactante, mas quando li sobre o que a história se tratava rapidinho comprei meu exemplar. O livro tem a ver - em grandes doses - com Veneza, a cidade mais romântica do mundo, com um casal de meia idade e com a comida, muita comida!

Na obra autobiográfica, Marlena de Blasi, chef de cozinha e jornalista, fala do amor arrebatador que a fez largar emprego, casa, amigos e familiares nos EUA para ir viver em Veneza ao lado de um italiano que ela mesma chama de “o estranho”.

Veneza foi o lugar mais bonito que eu já fui na minha vida, por isso o livro me chamou a atenção. E Marlena dá tanto destaque que a cidade se torna a terceira protagonista. Ela cita restaurantes, cafés, hotéis, igrejas, bairros. Queria ter lido antes de ir para lá.

Sou o tipo de pessoa sonhadora, acho graça em coisas que mais ninguém acha e vivo num mundinho muito meu. Mas, apesar de tudo, não faço o gênero romântica incorrigível. Por isso mesmo essa história, para mim, é tão impressionante e surreal que realmente merecia um livro e talvez até um filme. Por quê não?

Um único ponto negativo na minha humilde opinião: tenho limite curto para o uso de metáforas e adjetivos, então houve momentos em que a leitura se arrastou um pouco.

De qualquer maneira foi legal ler Mil Dias em Veneza e pretendo comprar agora Mil Dias na Toscana.

"Segure minha mão e rejuvenesça comigo; não se apresse; seja um iniciante; enfeite os cabelos com pérolas; plante batatas; acenda as velas; mantenha o fogo aceso; atreva-se a amar alguém; diga a verdade a si mesmo; mantenha-se enlevado”.

Marlena de Blasi



PS: Enlevado: Extasiado, cativado, encantado.