segunda-feira, 26 de maio de 2014

Segunda parada: Playa Del Carmen







Depois de 5 noites super tops na Cidade do México, voamos de Volaris (cia aérea mexicana) até Cancun. Na chegada, de dentro do próprio aeroporto, pegamos um ônibus (viação ADO) que nos levou a Playa Del Carmen, nosso segundo destino da viagem.

Desembarcamos numa rodoviária minúscula, mas bonitinha, e localizada já na Quinta Avenida, onde o agito acontece. Como nossa pousada ficava a algumas quadras de distância  e eu carregava minha mala de rodinhas um pouco pesada, tivemos que chamar um taxi.




Playa foi um lugar que eu gostei muito, principalmente pelo astral, com bastante gente indo e vindo, casais, famílias inteiras e mochileiros.  A variedade de restaurantes é impressionante (vou fazer um post de "onde comer"). Tem para todos os gostos: italiano, argentino, francês, mexicano, tex mex, fast food, vegetariano. 

O mar tem aquela cor clarinha, estilo Caribe, mas tenho que dizer que não chega nem perto do tom turquesa aceso de Aruba. O próprio mar de Cancun tem uma cor mais legal do que o de Playa. Esse foi meu ponto contra.




Em nossos dias em Playa aproveitamos para conhecer as ruínas de Tulum (fomos de ônibus ADO). O lugar é mesmo mágico. Um dos mais bonitos que eu já vi. Pena que o céu não estava tão azul. Na época dos preparativos até pensei em passar uma noite em Tulum no Hotel Mezzanine, mas chegamos à conclusão que ficaria muito complicado esse vai e vem com malas. Um dia com certeza eu volto com mais calma



Um outro ponto imperdível é a Paroquia Nuestra Señora Del Carmen. Toda branquinha por fora, reza missas em inglês também. É claro que eu assisti, ao lado de outros turistas. O mais legal dessa igreja é o fundo do seu altar, todo de vidro, dando para ver o mar azul. Muito lindo e romântico deve ser um casamento ali.




Ao lado da igreja, que fica na Quinta Avenida, tem uma praça, também com visual maravilhoso para a praia, onde acontecem apresentações de Danza de Los Voladores. É bem diferente. Os voladores escalam um mastro altíssimo, tocam flauta e descem girando presos por cordas. Eles vestem roupas bem coloridas e ao fim recebem muitas palmas e gorjetas. Super interessante e um ritual típico reconhecido pela Unesco. 

Estivemos também no Cenote dos Ojos, bem próximo de Playa. Não tive coragem de entrar e fiquei de fora olhando meu marido nadar naquela água fria e azul. Eu sei, eu sei... Sou enjoada mesmo. Até fiquei cogitando dar um mergulho, mas tenho “nervoso” desses lugares meio escuros e debaixo da água então... Mas realmente é lindo, muito diferente, uma das coisas que eu mais queria ver eram as tais estalactites. Cenário de filme.




Também estivemos nas ruínas de Cobá. Como é bem grande e muito espalhado, alugamos uma bicicleta para podermos explorar melhor. Estava muito calor e com muita umidade. Mas bem bonito.

Eu aproveitei bastante a tal Quinta Avenida, que apesar do nome não tem nada a ver com a de Nova York. O forte da rua são os restaurantes. É claro que tem um monte de coisa mais ou menos então o lance é pegar uma boa indicação e saber escolher. Também perdi tempo vendo e comprando os artesanatos. O legal é que algumas lojas não vendem aquelas tranqueiras idiotas que só turista compra. Tem muita coisa bem nacional como as peças em cerâmica e as dezenas de marcas de tequila e mezcal.

Quem gosta de uma coisa mais americanizada/europeia, vai curtir as lojas da Victoria’s Secret, MAC, Forever 21, Zara, Bershka, entre outras, ao longo da Quinta Avenida. Algumas ficam no Paseo Del Carmen, um shopping aberto, perto da igreja.

Onde ficar:
Hotel Posada Riviera Del Sol: Foi o melhor hotel de nossa viagem. O atendimento é ótimo, nosso quarto standard era espaçoso, com uma decoração colorida bem mexicana. Há wi-fi gratuito e uma área externa boa, com piscina e espreguiçadeiras. Fica pertíssimo da praia e do beach club Mamitas (o hotel tem um acordo com eles e seus hóspedes podem utilizar gratuitamente cadeiras e guarda-sol). O café da manhã era bem gostosinho. Meu marido só sentiu falta de frios, que realmente eram poucos. Eu não ligo, então para mim estava ótimo.






Sobre Playa: 
Não sei até que ponto minha opinião vale de alguma coisa, mas depois de passar tempo suficiente em Playa (foram 5 noites) eu tirei algumas conclusões. Em primeiro lugar é a maior besteira comparar Playa com Cancun. São lugares TOTALMENTE diferentes, em todos os sentidos.  
Após passar pela Cidade do México, fiquei com a sensação de que o México de verdade ficava lá, e não em Cancun ou Playa. Mas ainda assim gostei da Península de Yucatán.
O mais bacana de Playa na minha opinião é a grande oferta de restaurantes e a possibilidade de passar um fim de tarde caminhando sem compromisso, vendo gente de vários os cantos do mundo (a maioria americanos).
Não pretendo voltar a Playa a curto ou médio prazo. Gostei, mas não me apaixonei perdidamente. Há um mundão muito grande lá fora e o próprio México tem outros pontos a serem conquistados na minha listinha.

XOXO



quarta-feira, 14 de maio de 2014

Cidade do México - conhecendo o Zócalo e outras cositas más





Continuando com nossa passagem pela Cidade do México, depois de visitar as espetaculares Pirâmides de Teotihuacan, faltava outra atração super top que não podia ficar de fora: o Zócalo (o Centro Histórico da cidade).

Dia 4:





Zócalo
Pegamos os metrô na Zona Rosa e descemos na Estação Zócalo. A grande Plaza de La Constituición abriga a neoclássica Catedral Metropolitana, uma das mais importantes e antigas do continente. Uma coisa que eu notei em todas as igrejas que eu fui no México é que na imagem de Jesus Crucificado ele usa uma veste bem mais comprida do que a gente costuma ver (uma espécie de saia quase no joelho) e também bem colorida (em cada igreja de uma cor).

Depois seguimos para o Templo Mayor - Museo y Zona Arqueologica, um dos mais importantes templos astecas em sua capital Tenochtitlan, hoje Cidade do México. Além de poder ver com os próprios olhos tudo o que havia por baixo do trabalho de escavação, o museu relembra em fotos os trabalhos conduzidos pelos arqueólogos. Muito bacana. Muito mesmo!

De lá fomos para o Palácio Nacional, sede do Poder Executivo e outro ponto de interesse no Zócalo. É grandioso por fora, conta com fonte no centro do pátio e um jardim bem cuidado. Mas meu destaque vai para os lindíssimos murais de Diego Rivera.




Almoço: Escolhemos o restaurante El Cardenal, que figura entre os primeiros lugares no Trip Advisor. Serve comida mexicana típica (não americanizada, por favor!!!). Bem tradicional, preço médio, na Calle Palma, 23, pertinho do Zócalo.






Plaza Garibaldi e Museo Del Tequila y El Mezcal
Depois de almoçar pegamos um Trici Taxi (taxi em formato de triciclo, com capacidade para o motorista e mais dois) e partimos rumo à Plaza Garibaldi, onde se concentram os mariachis. Como era cedo, não havia quase nenhum na praça, que me chamou a atenção por ser enfeitada com pés de algave azul, a tal planta usada para fazer a tequila.
Na própria Plaza Garibaldi fica o Museo Del Tequila y El Mezcal, um pequeno edifício onde se podem conhecer milhares de rótulos das duas bebidas mais famosas do país. Depois de explorar o museu, uma pequena degustação de tequila e mezcal acontece na cobertura no prédio. Antes de ir embora, paramos na lojinha e compramos algumas garrafas para levar para casa.  

Mercado Insurgentes
Antes de voltamos para o hotel passamos pelo Mercado Insurgente, também na Zona Rosa, e muito famoso pelas joias em prata. Tentei comprar algumas peças, porque eu gosto muito de prata, mas uma coisa que me chateou bastante lá é que os acessórios não têm preço marcado, logo eles olham para a nossa cara e cobram o valor baseado em nada. E era sempre tudo bem caro, pulseiras por cerca de 100 dólares, vendidas em barraquinhas. Tenha dó! No Peru comprei três joias lindas, vendidas em joalheria, por muito menos.
Acabei comprando apenas souvenirs e nos mandamos.



Arena Mexico
À noite era hora de conferir a tal luta livre mexicana, espetáculo parte da cultura nacional com atletas mascarados e bem coloridos. Chegamos cedo, e a emblemática Arena México foi enchendo aos poucos de turistas e principalmente de muitos locais, fãs histéricos da modalidade. Atenção: eles não permitem entrar com máquina fotográfica. Confiscam logo no portão, guardam com eles e devolvem na saída. Celular é liberado.
Acho esse um programa imperdível para quem vai ao México. No meu top 5.

Jantar: Depois de um dia cheio e corrido, escolhemos um restaurante italiano, de rede, super bonitinho e com comida gostosa, chamado Italiannis, na Zona Rosa.



Dia 5 (a despedida)





Museo Nacional de Antropologia
Em nosso último dia, tínhamos reservado a manhã para conhecer o Museo Nacional de Antropologia, o mais importante do país e um dos mais conhecidos no mundo. Para quem gosta de arte e história, é parada obrigatória. Fica no Bosque de Chapultepec.   

Bairro Polanco
Saindo do museu fomos caminhando para o bairro Polanco, o mais chique da Cidade do México. Por ali estão os edifícios, casas e hotéis mais elegantes, jardins espalhados entre as ruas, restaurantes e lojas de grife. Eu que amo fazer bolo e doces fiquei encantada com a loja da KitchenAid. Queria trazer uma batedeira daquela pra casa, mas a falta de $$ e o tamanho da caixa me impediram.

Almoço
Após a visita a Polanco, pegamos um taxi em direção à Condesa para almoçarmos no Azul Condesa (Nuevo Leon, 68). Esse foi nosso restaurante preferido na cidade, portanto, anote a dica!
Também serve o melhor da cozinha tradicional mexicana, com várias opções de sopas, entradas e carnes. Imperdível! Preço médio.




Bairro Condessa
Após o almoço decidimos passear pelo bairro Condesa, que é considerado o mais badalado, com bares e gente bonita. Como fomos durante o dia, não senti muito essa vibe. Mas realmente há diversos lugares legais para tomar um drink e comer alguma coisa.

Bairro Roma
Já estávamos cansados de andar, mas antes de irmos para o hotel decidimos conhecer o bairro Roma, ali grudadinho em Condesa. O local é simpático e gostei principalmente da El Palacio de Hierro. A loja é linda e elegante. Gostei bastante da seção gourmet e trouxe para casa diversos temperos made in México.

Show de Mariachis
Tinha um restaurante na Zona Rosa que apresentava show de mariachis. Espiamos de fora uma noite e os caras realmente mandavam muito bem. Mas o restaurante em si era enorme e meio decadente, um pouco vazio, e acabamos desistindo de entrar.
Na nossa última noite na cidade a gente programou uma ida à Plaza Garibaldi para ver os artistas nem que fosse na rua mesmo. A praça fica pouco iluminada, alguns tocavam e cantavam para os turistas que pediam música, mas havia muitos deles encostados nos cantos esperando alguém se aproximar.
Estava rolando um show no Museu da Tequila, na mesma praça. Ficamos ali por cerca de uma hora apreciando um show super autêntico, com público basicamente mexicano, na faixa dos 60 anos de idade. Tomei minha marguerita de fresa e assim fechamos nossos dias na incrível Cidade do México.  


Onde ficar:
Room Mate Valentina – hotel da rede espanhola Room Mate com unidades em Barcelona, Madri, Nova York... É simples, moderninho e gay friendly, numa área – Zona Rosa – bastante frequentada pelo público GLS. Conseguimos diárias a 71 dólares para o casal, com café da manhã incluído. Fica a poucas quadras da estação de metrô (virando para a direita) e pertíssimo do Paseo de La Reforma (virando para a esquerda). Se estiver com preço bom eu indico.


Minhas impressões:
Pelo que ando lendo nos blogs, já percebi que os brasileiros estão indo bem mais à Cidade do México, mas ainda assim acho que a estada da maioria no país se resume às praias da Riviera Maia, em especial Cancun.
Realmente o mar do Caribe tem seus encantos, mas quem curte história, tradição, cultura, música e gastronomia não pode deixar de fora do roteiro essa cidade gigante e fantástica.