domingo, 24 de maio de 2015

Havana - Cuba








Nós decidimos ir a Cuba meio que de repente. Não foi nada muito programado ou esperado. Já existia uma vontade grande do Eduardo em conhecer a ilha caribenha, mas a oportunidade surgiu e a gente agarrou.

Compramos passagens para ir à Colômbia e sobraram uns dias porque desistimos de passar por San Andrés (época de chuvas). Como já estávamos " na estrada " pensamos em quais outros lugares poderíamos combinar com Bogotá e Cartagena. Lembramos de Cuba na hora e reservamos nossos tickets Cartagena - Havana - Cartagena pela Copa.









Havana não foi o tipo do lugar que eu gostei já num primeiro momento, como foi com minhas favoritas Pipa (RN), Praga (República Tcheca) ou Cuzco (Peru). O povo aborda o tempo todo, pede coisas ("regalitos" do hotel como papel higiênico e pasta de dentes) e se aproxima mesmo enquanto você está comendo na mesa do restaurante ou super concentrado tirando aquela foto. 








Porém, depois do segundo dia fui entendendo a dinâmica do país e relaxei. Não tem como não admirar o talento do cubano para a música (em todos os bares, restaurantes, nas ruas, há pessoas tocando "de verdade" todos os instrumentos possíveis). Outro detalhe que me chamou a atenção foi a apresentação super caprichada dos pratos mesmo Cuba não sendo destino gastronômico. Amei de paixão o visual de arrancar suspiros lá do alto do Castillo de San Carlos de la Cabana e as praças, cada uma mais linda do que a outra.

Por falar nas praças, elas contrastam bastante com as ruelas decadentes da cidade, já que são incrivelmente bem conservadas e charmosas, com lugares bacanas no entorno para beber um mojito ou tomar um café. Eu gostei demais da Plaza de La Catedral e da Plaza Vieja (lindas!). Outro destaque é a Plaza San Francisco de Assis, que abriga uma igreja e o monastério.  






Plaza de Armas também é interessante, uma espécie de sebo a céu aberto, com várias bancas de livros. Com certeza você vai encontrar por ali um exemplar de O Velho e o Mar (obra de Hemingway escrita quando ele vivia em Cuba). Nessa praça fica o bonito Palacio de Los Capitanes Generales








Grudadinho à Plaza de Armas está Castillo de La Real Fuerza, de onde se pode avistar o Cristo de La Habana, do outro lado do canal.  

Para beber o mojito mais famoso do mundoLa Bodeguita Del Medio, pertinho da Plaza de La Catedral. É um ponto super turístico, animado, com música e gente do mundo todo. E para experimentar o daikiri mais célebre do planeta a dica é o La Floridita, ambiente maior e mais chiquezinho do que o La Bodeguita, e com direito a estátua de Hemingway, que era cliente assíduo. Ambos são paradas obrigatórias!










Capitolio é lindíssimo por fora, me lembrou muito o de Washington DC. Mas infelizmente não estava aberto à visitação. Outra atração bacana é o El Museo Del Ron Havana Club, que explica um pouco o processo de fabricação da bebida. O museu conta com uma loja e quem participa da visita guiada (que dura uns 20 minutos) ganha uma dose de rum.







Habana Vieja (onde fica boa parte das atrações que eu já citei) disputa as atenções com outro bairro, Vedado (onde ficam muitos hoteis). Sinceramente, achei o primeiro bairro muito mais bacana. Se der para se hospedar lá, melhor. Se não, a corrida de taxi é bem rápida. 

O Malecón é o calçadão de Havana. Tem um visual bonito, é importante spot turístico da capital, mas achei meio vazio e ventava bastante em dezembro. Assim, só tiramos algumas fotos e fomos embora. À noite fica mais cheio, com casais de namorados e grupinhos de amigos.





O Museo de la Revolución abriga muitos documentos e conta a história da revolução. O edifício é bonito por fora, mas por dentro está necessitado de reforma. Outro ponto de interesse é a Calle Obispo, rua enorme e movimentada que corta Havana Vieja.





Uma das praças mais famosas de Havana é a Plaza de la Revolución. Ao contrário das citadas anteriormente, não gostei dela, não achei nada bonita, mas é conhecida por ser uma das imagens mais emblemáticas da capital cubana em matérias de revista, televisão, etc. Isso se deve ao Memorial a José Martí e às imagens gigantes de Fidel Castro e Che Guevara





Sobre os táxis, ao contrário da maioria das nossas viagens quando preferimos caminhar, utilizamos muito esse transporte. Não é super barato e não há taxímetro, então SEMPRE combine o valor antes de entrar no carro para evitar aborrecimentos futuros. As corridas nos carros antigos, bem típicos de Cuba, são um pouco mais caras, mas acho que vale muuuuito a pena. Pelo menos 1 ou 2 viagens merecem ser feitas naqueles carrões perdidos no tempo. 

Num próximo post vou falar dos poucos e bons restaurantes que encontrei por Havana, uma capital famosa pela culinária ruim. Também pretendo dar minha dica de onde ficar ou onde não ficar em Havana.


XOXO