quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Buenos Aires - Roteirinho de 3 noites










Eu escuto e leio muita gente desmerecendo Buenos Aires ou falando mal dos argentinos. Simpáticos ou não, acho que pelo menos eles têm educação, coisa que anda em falta em algumas cidades do meu próprio país (#prontofalei). Aquele costume de comparar BsAs com cidades da Europa me parece um tanto despropositado, mas please, menos daquele ar de “ah, pelamor, a Europa é muito melhor”, que isso é mega cafona.

A verdade é que a capital da nossa vizinha Argentina já viveu seus tempos áureos, de muita prosperidade e crescimento. Infelizmente, a fase agora é outra, o que não quer dizer que Buenos Aires tenha perdido suas qualidades.







Para começar eles são bem patriotas e orgulhosos de sua cultura, o que eu acho super bonito. Eles são os “donos” do tango e da dança mais sexy e linda do mundo na minha opinião. Eles prepararam a melhor carne bovina de que se tem notícia. E o doce de leite, claro. E também são ávidos leitores (basta dar uma olhadinha básica na quantidade de sebos e livrarias na Corrientes).

E mesmo com a economia em baixa e a favelização em alta, os inúmeros cafés portenhos mantêm um certo ar glamouroso e ainda possuem clientela fiel. Em plena segunda-feira praticamente todos pelos quais eu passava em frente tinham várias mesas ou bancos ocupados.






Depois de 8 noites em Bariloche, desembarcamos em Buenos Aires com um roteirinho para 3 noites. A gente priorizou atrações que ainda não conhecíamos como o Teatro Colón (ma-ra-vi-lho-so!!!). A visita guiada foi perfeita, com direito a uma espiada num ensaio que estava rolando para o espetáculo da noite.

Também passamos pela Livraria El Ateneo, na Avenida Santa Fé, adaptada dentro de um antigo (e deslumbrante) teatro. Onde era o palco fica um café e toda a estrutura original parece ter sido preservada. Com certeza vale a visita! Outra dica pouco badalada, mas não menos bacana é o Museo Casa Carlos Gardel, onde o artista viveu.

Estivemos no Café Tortoni para almoçar naquele salão lindo de morrer. E no domingo não resistimos às lojas de decoração de San Telmo, almoçamos na Brasserie Petanque e depois fomos tirar fotografias com a estátua da Mafalda, personagem querida do Quino.








Assistimos ao nosso terceiro show de tango, dessa vez no Piazzolla Tango, na Calle Florida, no subsolo das Galerias Pacíficos. Gostamos bastante, o teatro é super bonito!


Take a note:


Nos supermercados você pode encontrar os mais famosos vinhos argentinos a preços excelentes.

Num domingo não deixe de passar por San Telmo, que fica bem animado, com muita música, arte, antiguidade, decoração e gastronomia.

Se você gosta de ler, a Avenida Corrientes é repleta de livrarias e sebos.

Também na Corrientes há diversas lojas onde se pode adquirir CDs de tango a ótimos preços para levar para casa.

Outra loja bacana nessa mesma rua é a da Arcor, marca de chocolates, balas e doces em geral. Não acho que o chocolate deles seja maravilhoso, mas a loja é uma graça e eles oferecem bastante opção.

Dê preferência a rádio taxis chamados pelo seu hotel. É bem mais seguro contra golpes e cafajestices muito comuns à essa profissão em Buenos Aires.

Marcas de alfajor que eu acho gostosas: Havana, Negro e Jorgito. E de doce de leite: La Salamandra e Havana.

Na Calle Florida tem uma loja chamada Todo Moda, uma perdição para quem tem filhas ou sobrinhas. São dezenas de pulseiras, bolsinhas, enfeites de cabelo, artigos de papelaria, esmaltes, etc... E para as marmanjas também são muitos os acessórios, bijous, maquiagens, bolsas e até aquelas galochas plásticas bem estilosas.


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Cerro Catedral (e outras coisitas)






Uma atração que enriquece, e muito, a viagem a Bariloche é a estação de esqui Cerro Catedral. Eu não levo tanto jeito para o esporte e sinceramente nem faço questão, mas acho que por ter sido minha terceira viagem para destino de neve deu para aproveitar um pouco mais.

Como nas vezes anteriores, eu e meu marido fizemos questão de contratar professores particulares para nos dar aulas e descer algumas pistas com a gente. Sai caro, mas é impressionante a evolução com as dicas de um expert.





Para se chegar ao Cerro Catedral, se informe com o hotel os horários e pontos exatos por onde o ônibus de linha regular passa. Para tentar evitar ir de pé (pois é, o ônibus sai lotado do centro de Bariloche) uma sugestão é chegar com antecedência ao ponto inicial, em frente à única viação que faz o transporte, na Calle Moreno.

Tenha em mente que os gastos de um dia no Cerro incluem equipamentos (esquis, bastões e botas / snowboard e botas) e o passe de acesso às pistas. Nem todo mundo faz as aulas, mas eu reitero que elas são mega importantes para quem nunca esquiou na vida ou para quem tem pouca prática.




As roupas podem ser compradas antes da viagem aqui no Brasil nas poucas lojas especializadas ou lá em Bariloche mesmo. Outra opção é alugar calças, casacos e botas nas muitas lojinhas espalhadas pela Calle Mitre e no seu entorno.

Há diversos cafés no Cerro Catedral onde se pode fazer um lanche, beber algo quentinho e descansar um pouco.


Minhas impressões:


Bariloche é um lugar muito especial. É bonito, romântico, tranquilo, tem bons hotéis, uma gastronomia ótima e diversas opções de passeio para todas as idades.

Quem gosta de esportes radicais vai amar a cidade, mas aqueles que não se animam em passar o dia sobre esquis ou uma prancha de snow vão encontrar atrações incríveis para conhecer. Ou seja, Bariloche é para todos!

Com relação a preços achei que os gastos com restaurantes estavam bem justos. Eu sei que percepção de valor varia muito de pessoa (e bolso!) para pessoa. Mas só para que se tenha uma noção, Trancoso por exemplo é bem mais caro.

A hotelaria, a meu ver, é um tanto complicada. No centro, onde eu prefiro ficar, estão situados os hotéis mais antigos. E muitas vezes as tarifas não condizem com o conforto e os serviços oferecidos. Hotéis 3 estrelas, bem simples, com diárias entre 400 e 500 reais é uma realidade recorrente na alta temporada.

Os ingressos para lugares como Museo Havana e Cerro Campanário, por exemplo, são baratos. Dá para encontrar delícias como chocolates, alfajores e patês típicos a preços em conta. Já as roupas de neve e outros acessórios para enfrentar o frio são caros (preços North Face, etc…).


Mas o que onera, e muito, os custos de uma viagem a Bariloche são os dias passados no Cerro Catedral. O ticket de acesso às pistas, o aluguel dos equipamentos e as aulas particulares com um instrutor de esqui elevam os gastos às alturas.  


OUT OF TOPIC:
Na esperança de que alguém acesse esse post e o leia até o final vou aproveitar para divulgar aqui o link de uma pesquisa (é bem pequena!!!) que estou fazendo para incluir no meu TCC da UFF. É voltada para o público mochileiro, aquele que se hospeda em hostels, que tem um budget, que passa mais tempo na estrada…
Enfim, se alguém puder ajudar eu super agradeço :)!



XOXO