segunda-feira, 21 de abril de 2014

Cidade do México






  
Eu sei que recém-casados têm diversos sonhos, entre eles o de prosperar na vida, ter um filho, comprar uma casa grande, ou um carro bacana. Há 7 anos e meio a gente nunca pensava muito nessas coisas. O que a gente queria mesmo era que sobrasse uma grana para poder viajar e conhecer pelo menos um pedacinho do mundo. E desde aquela época já havia três lugares no exterior com os quais eu sonhava acordada: Nova York, Paris e México (leia-se qualquer cidade).

Pode ser influência do meu vício em Chaves (quem não lembra o comovente e divertido episódio “Férias em Acapulco”?), pela enorme curiosidade numa cultura tão colorida e própria ou pelas belezas que eu sempre soube que o país exibe de ponta a ponta.

Se você gosta de praia calma e azul Caribe, o México tem, se prefere mar de águas mais frias e agitadas, também tem. E mesmo para quem não curte praias, o que não faltam são opções, desde pequenas cidades cheias de charme, até os famosos destinos coloniais e as grandes metrópoles.

Nossa ideia era combinar a Riviera Maia com a Cidade do México – DF. Para que desse certo, teríamos que conseguir viajar fora da época de incidência de furacões. E todo ano, para nossa decepção, os dias de folga caíam exatamente num dos meses perigosos.

Até que em 2013 tomamos coragem e marcamos nossas passagens para os dias finais de temporada de vendaval. Claro que rolou um certo receio, mas pensamos que se continuasse assim nem tão cedo a gente ia conseguir viajar para lá. E já era o final do período de risco.

Foram 5 noites na Cidade do México, 5 em Playa del Carmen e 5 em Cancun. Por mais que a viagem como um todo tenha sido um sucesso, meu destino favorito, sem um pingo de dúvidas, foi a agitada Cidade do México.

Quem chega de outro país de terceiro mundo não vai estranhar os contrastes. A cidade tem seu espaço dividido entre bairros paupérrimos e vizinhanças luxuosas até o último grau.

Com relação ao perigo, honestamente fui esperando algo muito pior, mas a realidade foi que nos sentimos seguros praticamente o tempo todo. Óbvio que tomamos cuidado e evitamos certos locais à noite. Sinto dizer, mas achei mais tranquilo do que o próprio lugar onde eu moro. 

Foram 5 noites com programação a todo vapor. Era muita coisa pra fazer, dezenas e dezenas de atrações. Se tivesse que listar meus momentos favoritos em DF citaria nossas visitas ao Castelo de Chapultepec, o Museu da Antropologia, o Museo Frida Khalo (Casa Azul), a Basílica de Guadalupe, a luta livre na Arena México e, especialmente, as Pirâmides de Theotihuacan (sensacional!!!).

Para não ficar um post enorme, bem do tamanho da Cidade do México, vou listar parte do nosso roteiro de 5 dias, que modéstia a parte ficou especial:


Dia 01 (sábado):








Chegamos bem cedo em 02/011, então deu tempo de curtir bastante o Dia dos Mortos. Nossa primeira parada foi o tranquilo bairro de Coyocatán, onde caminhamos algumas quadras até chegarmos à Casa Azul de Frida Khalo. Foi ali que viveu a talentosa e controversa artista. Passeando pelos cômodos é possível conhecer suas obras, seu estilo e suas dores, devidos às diversas menções ao seu acidente e à impossibilidade de ter filhos. O lugar é o máximo mesmo para quem não conhece sua arte. Uma oportunidade única. 






De lá seguimos para o Museu Casa de Trotsky, também em Coyocatán. Local onde o escritor e revolucionário russo viveu e foi assassinado. Depois da visita pegamos um taxi rumo ao bairro de San Angel, onde almoçamos no Antiguo San Angel Inn. O lugar por si só é uma atração, por ser lindo. A comida estava gostosa.





Depois do almoço, tivemos que escolher entre o Mercado de Coyocatán e o Bazar de Sábado da Plaza de San Jacinto. Ficamos com a segunda opção. Como era Dia dos Mortos, havia diversos altares nas lojinhas no entorno da praça e até mesmo uma manifestação artística, com direito a música, maquiagem fúnebre e um caixão azul no meio do povo.








Completamente exaustos, voltamos para a Zona Rosa, onde estávamos hospedados, e só saímos para o jantar.


Dia 02 (domingo):





Começamos nosso dia no Paseo de La Reforma, uma avenida muito bonita, pertíssimo do nosso hotel. Estava fechada para carros, então dava para passear numa boa. Tinha bastante gente correndo, caminhando e andando de patins.





Tiramos algumas fotos nos monumentos e fontes do Paseo e de lá partimos para os Canais de Xochimilco. As trajineras (tipo de embarcação) são realmente bem chamativas pelas cores e pelo visual que elas todas juntas proporcionam. Valeu ter ido, mas por ter chegado muito cedo, tinha pouca gente e estava meio desanimado. Não espere muito do canal, que é meio desprovido de beleza. E vá num domingo, dia tradicional para esse programa.








A próxima parada foi outro programa típico de domingo: a visita ao Bosque de Chapultepec. Estava lotado, com muitas famílias, casais e crianças. Tem um lago enorme para quem gosta de pedalinho, tem barracas vendendo belisquetes típicos. Mas eu queria mesmo era conhecer o Castelo de Chapultepec, localizado no alto de uma colina, dentro do Bosque. O Castelo abriga o Museu Nacional de História, e que lugar bacana! As obras, a arquitetura, os vitrais... E para melhorar ainda mais, uma vista arrebatadora da cidade. 








Nosso almoço foi no 50 Friends e o jantar no baratex e bem popular La Casa de Toño.


Dia 03 (segunda-feira):








Era o dia mais esperado por nós dois. Depois de muito ponderar, decidimos ir por conta própria conhecer as Pirâmides de Theotihuacan e a Basílica de Guadalupe. Acordamos cedo e seguimos direto para as pirâmides de transporte público. Na volta paramos para conhecer a igreja, local de aparição da Virgem Maria. Pode confiar: não há necessidade de tour fechado! Ah, e se tiver que escolher apenas uma atração em toda DF, fique com as Pirâmides.






Depois dessas duas atrações top, fomos para o Centro Histórico, onde entramos na Casa dos Azulejos. Grudadinha na Torre Latino Americana, como o próprio nome sugere, é revestida de azulejos antigos. O interior também é lindo demais. Vale um almoço no seu restaurante, da rede Sanborns, de preço razoável e comida bem gostosinha.







Na saída da Casa dos Azulejos subimos até o topo da Torre e avistamos a cidade do alto. Antes de voltamos à Zona Rosa, passamos pela Churreria El Moro, para comer churros com chocolate quente.







Já já posto o restante da nossa aventura em terras mexicanas.

XOXO