Em
2009, num dos momentos mais tristes da minha vida, eu estava realizando o sonho
de conhecer Nova York. Logo no primeiro telefonema que fiz ao meu pai dos EUA,
ele me fez prometer que eu ia pelo menos tentar assistir a um show de jazz do
“músico maravilhoso” John Pizzarelli, figurinha famosa na Big Apple. Mesmo com a respiração bem prejudicada,
ele gastou vários minutos me contando que quando ainda morava no Rio e gostava
de curtir as noites cariocas assistiu a um show do tal Pizzarelli, no Leblon.
Me disse que o cara era “fera” e que com sorte teria algum show agendado
enquanto eu estivesse na Big Apple.
Acabei
não conseguindo ir a nenhum show dele, mas encontrei um CD para levar de
presente para o meu pai. Eu - que sempre guardei segredo sobre algo que eu
comprasse para alguém - por razões que somente Jesus pode explicar, senti
vontade de ligar para ele no mesmo dia e contar que tinha achado totalmente por
acaso o tal CD. Ele ficou tão feliz e eu guardei com carinho na mala aquele que
eu considerava o presente mais especial de todos. Meu pai nunca chegou a ouvir
o CD.
Te
amo, pai.
Essa
é pra você: