Tem
um aspecto de qualquer viagem à Argentina que vale muito à pena e esse aspecto é
a gastronomia. Especialmente para carnívoros assumidos, como o Dudu. E quando
se aprecia vinhos então... É o país dos sonhos!
Esqueça
toda crise, calotes (ou não calotes) e abutres, porque a parrilla argentina
continua tão incrível como nos tempos de ouro do nosso vizinho latino. Até
mesmo a pouca variedade de guarnições (purê de papas ou papas fritas, na
maioria das vezes) é mero detalhe diante da melhor carne bovina do mundo.
Vinhos, vinhos e mais vinhos
Em
Bariloche, dependendo do restaurante você vai encontrar um cardápio até bem variado,
com opções que incluem iguarias tipicamente patagônicas, como trutas, carne de
cervo e de javali. Há também muito fondue de queijo e pratos com hongos, o
cogumelo daquela região.
Como
fomos 4 (isso mesmo, QUATRO!) vezes ao restaurante de parrilla favorito do meu
marido – e de uma certa forma meu também – além dos 3 dias sem almoço na
estação de esqui e 1 dia sem almoço perdido numa consulta médica, temos pouca
variedade de restaurantes para indicar (ou criticar rs).
De qualquer forma aí vão eles:
El Boliche de Alberto: A gente conheceu
em 2006 e foi amor à primeira garfada. O churrasco é feito ali, na frente dos
clientes. A gente pedia lomo (medalhão de filé mignon) ou bife de chorizo
(contra-filé). Valem à pena também as empanadas fritas de jamón e queso e o
flan con dulce de leche. Não sacamos n-a-d-a de vinhos, mas pedimos vários
diferentes, todos made in Argentina, alguns da própria Patagônia. Fomos uma vez
para o almoço e 3 para o jantar (abre às 20hs e 10 min antes já vai se formando
uma fila na porta!!!).
El Boliche de Alberto Pastas: Também
estivemos em 2006 e não achamos lá essas coisas. Mas resolvemos dar nova chance
e foi uma surpresa. Estava lotado, servindo massas deliciosas. Amamos a
lasanha.
Familia Weiss: Outro clássico que já
conhecíamos e que na vez anterior tínhamos gostado muito. Este ano a comida
estava bem mediana (truta defumada de entrada, espetinho de lomo e nhoque com
molho de hongos) e o preço é mais salgado do que os 2 acima. Mas ainda assim
valeu, pela beleza do salão e pela localização, de frente para o Lago Nahuel
Huapi.
Linguini: Fica na movimentada Calle
Mitre. É um simpático restaurante italiano, com bom atendimento. A massa em si não
era ruim, mas eles colocam tão pouco molho em cima que fica meio seco. Não
recomendo!
La Marmite: Outro favorito da
brasileirada que lota as ruas (e lojas, e hotéis, e atrações turísticas...) da
cidade. Também na Calle Mitre, fica numa casinha românica e aconchegante. Acho
que 90% dos clientes estavam comendo fondue de queijo. Como a gente não gosta,
pedimos truta com purê e carne de cordeiro. Ambos de sabor médio. Então, se
você é fã de fondue, acho que vale, pois é o carro-chefe deles. Os demais
pratos não estavam tão bons e mais caros que o esperado.
La Esquina: É uma boa opção para um
almoço mais rápido ou um café/lanche à tarde. Como o nome entrega, fica numa
esquina pertinho do Centro Cívico e da Mitre. É uma linda casa de madeira em
que estivemos em 2006 e novamente agora. Comemos sanduíches, mas há pizzas,
sopas, pratos com carne, etc. Preço camarada.
Milka: É uma lanchonete no Cerro
Catedral, tem uma vaca estilizada dos chocolates Milka em frente. Vende combos
muitos gostosos de cachorro-quente (super pancho) com refri e batata frita. Tem
waffles, hambúrgueres, pizzas e um chocolate quente bem espesso e escuro que é
tudo de bom.
Winter Garden Llao Llao Hotel: Depois
vou fazer um post mais detalhado sobre ele, mas já adianto aqui que adoramos a
experiência do chá da tarde, meio britânica, meio patagônica.
Cervecería Manush: Cervejaria artesanal
super elogiada no Trip Advisor. Fica em frente ao nosso hotel e deixamos para
ir lá em na última noite. Como era sábado, estava lotada, sem previsão de vagar
uma mesa. Ficamos no balcão mesmo e pedimos cervejas super diferentes (destaque
para a Honey Beer), experimentamos e fomos embora para conseguir jantar em
algum lugar. É bem badaladinho, com gente bonita.
Cerveceria Antares: Outra cervejaria
artesanal da cidade. Também lotada e assim como a Manush, um tanto fora do
circuito turístico quando comparada aos demais restaurantes que eu citei. Tem
bastante argentino, morador de Bariloche, vestido como quem acaba de sair do
trabalho. O ambiente é bacana e as bebidas e a pizza bem gostosas.
As lojas de chocolates e de outras
coisinhas mais:
Acho
que todo mundo sabe que Bariloche leva ao céu os adoradores do chocolate. Tem
barras, bombons com frutas, alfajores, tudo feito de maneira mais artesanal. Em algumas lojas os doces são
preparados na frente no cliente.
Mas
nem só de chocolate vive o comércio gastronômico de Bariloche. Artesanatos e
lembrancinhas dividem as prateleiras com vidros de geleias de frutas locais, compotas
de doces de frutas, patês patagônicos, conservas, chás, chimichurri, doces de
leite.
Sem
exagero nenhum eu admito aqui que trouxe na mala mais de 10 vidrinhos e
potinhos dessas coisas todas. Isso sem falar no que eu comprei para a família. Ainda
não dei conta de experimentar tudo, mas o campeão até agora foi o chá preto com
frutas vermelhas.
As
lojas mais lindas na minha opinião são a Mamuschka e Rapa Nui. O melhor
chocolate é o da Mamuschka. Na Del Turista vale experimentar as balas de
frutas, ou bombones de frutas como eles chamam.
A
Familia Weiss comercializa nas lojas e mercados da cidade seus diversos
produtos defumados (truta, salmão, javali, queijos, cervo, chutney, conserva,
patês). Há embalagens ótimas para quem está em hotel e quer levar para o quarto,
com uma provinha de cada coisa. Bem legal!
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